Por Gustaco Loio - Primeiro a vencer por cinco vezes seguidas em Wimbledon (de 1976 a 1980) desde Laurie Doherty (de 1902 a 1906), Bjorn Borg conquistou outros seis Grand Slams, todos em Roland Garros.
Com esse currículo, o ex-jogador sueco é um dos maiores da história. Empatado com 11 troféus ao lado da lenda australiana Rod Laver, Borg está atrás apenas de Novak Djokovic (23), Rafael Nadal (22), Roger Federer (20), Pete Sampras (14) e Roy Emerson (12) nesse quesito.
O primeiro título do sueco na grama sagrada foi em 1976, aos 20 anos e um mês, tornando-o mais jovem vencedor de Wimbledon na Era Aberta até então. Já sua última conquista em Londres, quatro anos depois, numa batalha de cinco sets contra o americano John McEnroe, é considerada a melhor decisão da história do torneio.
Em entrevista divulgada pela Rolex, marca da qual é um dos embaixadores globais, Borg, por sinal, aponta a épica partida contra McEnroe uma das duas mais importantes de sua carreira:
"Tivemos uma grande rivalidade ao longo dos anos, mas essa final foi particularmente especial. Quando o superei com meu backhand no match-point, foi um dos melhores sentimentos que já tive".
A outra foi sua primeira decisão de Slam: em 1974, em Paris, quando superou Manuel Orantes também em cinco sets.
"Tinha acabado de completar 18 anos e me tornei o mais jovem campeão de Roland Garros."
Conquistar tantos títulos na grama sagrada era um sonho de infância da lenda sueca:
"Sempre foi meu sonho jogar em Wimbledon. Em 1972, joguei a final júnior de Wimbledon na quadra dois e, depois de vencer, corri para a quadra central para assistir ao set final da final masculina. Foi uma experiência inacreditável e eu disse a mim mesmo: 'Um dia vou jogar nesta quadra'. Quando meu sonho se tornou realidade e eu joguei na quadra central, foi a coisa mais maravilhosa e a maior da minha vida como tenista. Wimbledon é o torneio que todo mundo quer ganhar."
Obviamente, a primeira conquista na capital inglesa também é inesquecível para Borg:
"Alcancei ali minha maior meta. Foi o momento no qual o sonho se tornou realidade: ser campeão na grama de Wimbledon, um dos torneios mais icônicos, local onde grandes jogadores haviam triunfado. É um momento que guardarei com carinho para sempre."
Voltar a Wimbledon é sempre muito prazeroso para o ídolo sueco.
"A quadra central de Wimbledon é a mais icônica do mundo. O sentimento de caminhar lá diante dos fãs é muito especial. Todas as vezes que joguei lá, senti que meu nível subia e jogava nas melhores das minhas habilidades. E foi verdadeiramente uma honra ter feito parte do 100º aniversário da quadra central em 2022. Tudo em Wimbledon é especialmente incrível para os jogadores. Cada aspecto da atmosfera de jogar na quadra central é inesquecível."
Timaço de embaixadores
Cronometrista oficial de Wimbledon há mais de 40 anos, a Rolex, além de Borg, tem um timaço de embaixadores que já ergueram um dos troféus mais cobiçados do tênis mundial. O destaque é o suíço Roger Federer, recordista, com oito conquistas.
Abaixo, o timaço de embaixadores da Rolex e de campeões na grama sagrada:
Rod Laver (1961, 1962, 1968, 1969)
Chris Evert (1974, 1976, 1981)
Stefan Edberg (1988, 1990)
Roger Federer (2003, 2004, 2005, 2006, 2007, 2009, 2012, 2017)
Garbiñe Muguruza (2017)
Angelique Kerber (2018)
Sobre Gustavo Loio
Jornalista formado em 1999 e pós-graduado em Assessoria de Comunicação, já trabalhou com Gustavo Kuerten. E, também, nas redações da Infoglobo (O Globo, Extra e Época), do Diário Lance! e do Jornal O Dia, além do site oficial do Pan de 2007, no Rio.