Thiago Wild, número 131 do mundo, concedeu uma entrevista ao jornalista Sebastian Varela, do site Clay e foi confrontado a se explicar sobre as polêmicas envolvendo sua ex-mulher, Thayane Lima.
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“Acho que às vezes as pessoas interpretam mal o que queremos dizer”, disse o tenista número 131 do mundo e segundo do país.
“Quando não estão te olhando, nem te ouvindo, leem o que querem com o tom que querem”, completou o brasileiro, que chegou à terceira rodada do Aberto da França derrotando o então número dois do mundo, Daniil Medvevedev.
O tenista deu entrevista coletiva após a vitória e causou ainda mais polêmica ao confrontar repórteres quando intigado sobre as denúncias aceitas pelo ministério Público de sua ex-companheira, Thayane Lima. Um membro de seu staff chegou a ameaçar um repórter pedindo para tirar foto de sua credencial após a coletiva.
Wild conversou com CLAY em Roehampton durante o qualifying em suas primeiras declarações a uma mídia internacional após a tempestade parisiense.
“Eles nunca me pediram para ir ao tribunal, não”, disse Wild quando perguntado se ele havia comparecido a uma intimação judicial.
“Eles queriam me intimar, foi o que aconteceu, eu me apresentei, é isso. Eu fiz. Mas nunca fui ao tribunal, nunca tive um pedido judicial.”
De acordo com informações de advogados familiarizados com o caso, que CLAY conseguiu obter no Brasil, Lima obteve uma ordem de restrição contra Wild “e abriu uma ação civil por danos”.
“Aqueles dois foram arquivados - acrescentaram as fontes. Neste ano, o Ministério Público entrou com uma ação criminal contra o tenista e ele foi autuado. Este processo está lacrado, portanto não é possível ter acesso aos arquivos. Wild entrou com uma ação civil contra ela também.
O que o brasileiro insistentemente tentou instalar durante o encontro com CLAY em Roehampton é que ele se apresentou voluntariamente à autoridade competente. E o que aconteceu naquela declaração que ele deu?
“Não aconteceu nada, só disse a eles que estava vivo, que não estava me escondendo nem nada. Não depende mais de mim, é da justiça brasileira”.
O tenista não quis entrar em detalhes quando perguntado sobre o caso: "Acho que não cabe a mim falar sobre isso. Está na lei brasileira, vai ser julgado por um júri. Portanto, não é meu lugar falar sobre isso."
Em 2021,o tenista de Marechal Candido Rondon emitiu uma declaração na qual rejeitou as acusações de seu ex-parceira.
Essa pergunta também não agradou o paranaense: “Que tipo de pergunta é essa? Não cabe a mim dizer o que quer que o juiz diga. Não está em minhas mãos."
O paranaense acredita que muitas vezes é incompreendido: “Quando eles não estão olhando para você, nem ouvindo você, eles leem o que querem com o tom que querem.”
O brasileiro se recusou a responder se a ATP pediu para ele não falar com a imprensa nas coletivas após a primeira após a vitória sobre Medvedev.
“Por que você não pergunta isso ao ATP. Não vou responder a isso".
A reportagem do jornal O Globo em que Seyboth Wild aparece ligando sua família materna ao nazismo e ao próprio Adolf Hitler, também não foi um assunto que quis aprofundar.
“Não cabe a mim falar sobre isso. Você continua fazendo as mesmas perguntas repetidamente. Vou continuar dando as mesmas respostas novamente".
É que o assunto é importante, é importante falar sobre isso, argumentou CLAY. Pela primeira vez na entrevista, Wild concordou.
"Sim eu concordo. A conscientização sobre questões importantes é muito importante, somos pessoas públicas, formadores de opinião. Então, acho que temos que nos comportar da maneira certa e dar o exemplo certo. Quer dizer, na quadra eu tenho feito isso, fora da quadra a maioria das pessoas não me conhece. Eu não julgo as pessoas, não me importo com o que elas querem, o que fazem até que eu as conheça. Então, até que eu realmente conheça alguém, não é meu papel falar sobre essa pessoa.”